HAND LAMPS
LANTERNAS DE MÃO

NÍTIDA DIFERENÇA EXISTE ENTRE AS TRADIÇÕES norte-americana e europeia, quando se fala em iluminação de minas. Enquanto os mineiros dos EUA tiveram uma maior aceitação das pequenas lâmpadas para fixação ao chapéu ou capacete, os trabalhadores da Europa foram ávidos consumidores das lanternas de mão (SANCHIS, J. M. Lámparas de Mina Españolas. Miedit, p. 150). Certamente esse fato está associado a um forte traço cultural, especialmente quando se toma que a predecessora da chama do acetileno, a lâmpada de segurança de Davy, era constituída por um corpo bastante sólido, cilíndrico-vertical e normalmente equipada com um gancho, ou alça, para uso como uma verdadeira hand lamp. Portanto, desde sua difusão, no início do séc. XIX, meados de 1815, a lanterna de Davy aportou como uma referência conceitual ao europeu, alinhando-se à ideia de que o mineiro deveria apoiar ou afixar sua fonte de luz para poder trabalhar. De outra sorte, esse tipo de equipamento agregou uma série de vantagens, como a robustez e a maior capacidade de carga, que prescindia de abastecimentos frequentes, ao mesmo tempo em que o mineiro estava livre do cansativo peso extra atrelado à cabeça. Além disso, as lanternas de mão podiam ser facilmente adaptadas para uso doméstico ou industrial, como em atividades de inspeções ou nas aplicações em ferrovias, bastando-se substituir o gancho pontiagudo por uma alça larga ou mesmo um punho de madeira. Dentro dessa perspectiva, empresas como a alemã Friemann & Wolf, tradicionais desenvolvedoras da iluminação por petróleo, na virada do séc. XX, rapidamente, adaptaram-se à nova realidade da indústria do acetileno. E, assim, os modelos de hand lamp difundiram-se por toda a Europa, sendo criados centenas de fabricantes em todos os países de tradição mineira.


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